Ao planejarmos uma viagem, nunca queremos pensar em coisas desagradáveis, mas, infelizmente, imprevistos acontecem. E, como dizem, o seguro morreu de velho, então é melhor se prevenir. Uma simples torção de tornozelo pode lhe custar rios de dinheiro em uma clínica particular. Além disso, o seguro viagem pode diminuir transtornos como extravio de bagagem, por exemplo. Os preços variam de acordo com o tipo de cobertura e a idade do contratante, mas, sem dúvida, é um investimento que realmente vale a pena.
Abaixo, algumas dicas para ficar atento ao contratar o serviço:
1. Seguro Viagem x Assistência Viagem
Mesmo sendo mais chamados de seguros de viagem, a maioria dos planos vendidos no mercado incluem os dois tipos de produtos. As maiores diferenças costumam se dar em relação à cobertura para procedimentos médicos. No seguro viagem, o viajante deve arcar com as despesas necessárias em caso de imprevistos e depois pedir o ressarcimento. Já na assistência são oferecidos tratamentos médicos dentro de uma rede credenciada e o segurado não precisa fazer nenhum desembolso ao realizar os procedimentos. Vale pesquisar com calma, porque muitos planos são vendidos com essas duas opções.
2. Observe as coberturas atreladas ao seu cartão de crédito
Ainda que o seguro oferecido pelas empresas de cartões de crédito tenha a vantagem de ser embutido na compra das passagens, sem cobrança adicional, dependendo do cartão a cobertura pode ter valor baixo ou ser insuficiente. Alguns oferecem seguro para morte em caso de acidente de viagem, mas não cobrem despesas médicas.
No caso da Visa, por exemplo, os clientes do cartão Visa Platinum, têm direito à cobertura médica de 25 mil dólares (ou de 30 mil euros em alguns países europeus) e de 500 mil dólares para acidentes. Já os clientes de como Classic e Gold, têm cobertura de 75 mil reais em caso de acidente, mas não têm cobertura para gastos médicos.
O mesmo ocorre com a MasterCard. Seus clientes Platinum têm a mesma cobertura do Visa Platinum. A única diferença do MasterCard standard para o Gold é a cobertura de 250 mil dólares para acidentes.
3. Avalie o tipo de cobertura que você precisa
Verifique se o plano possui algumas coberturas, que podem ser importantes para você: assistência médica por acidente ou doença, assistência farmacêutica, assistência odontológica, diárias por atraso de voo, remoção médica, perda ou roubo de bagagem entre outras. E para cada situação existe um valor máximo que pode ser gasto.
Os Estados Unidos são conhecidos por ser um dos países com custos mais altos de serviços médicos. É importante considerar uma cobertura maior. Confira os valores disponíveis para cada cobertura e veja se são adequadas para um possível problema.
4. Verifique se o país de destino exige existe obrigatoriedade do seguro
É importante observar se a cobertura está de acordo com o valor exigido pelos países que irá visitar. Nos países europeus abrangidos pelo Tratado Schengen, por exemplo, é preciso comprovar possuir uma cobertura com o valor mínimo de 30.000 euros para garantir assistência médica por doença ou acidente.
Em Cuba, qualquer pessoa que quiser entrar no país deve contratar um seguro e levar o comprovante para apresentar na alfândega.
Na Austrália o seguro será obrigatório apenas se você estiver indo estudar.
5. Doenças preexistentes
A maior parte dos seguros não cobre doenças preexistentes ou possuem cobertura mínima para doenças como diabetes, pressão alta, bronquite e asma. Avalie os planos e, se necessário, pague um pouco mais para não ter dor de cabeça depois.
6. Pesquise sobre a reputação da empresa
Sites como o Reclame Aqui poderão ser um bom auxílio nessa busca. Para garantir, é bom sempre contratar uma empresa de renome.
7. Compare preços
Os preços dos seguros podem variar bastante. A cotação pode ser feita diretamente em sites de seguradoras ou em sites de busca, como o Real Seguro Viagem para comparar e contratar o serviço.
8. Verifique se os países atendem pacientes pelo CDAM
Pouquíssima gente sabe, mas brasileiros segurados pelo INSS, assim como suas famílias, têm direito a atendimento nas redes públicas de nove países: Argentina, Cabo Verde, Chile, Espanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Portugal e Uruguai.
Para isso, é preciso ter o CDAM, Certificado de Direito a Assistência Média, emitido pelo Ministério da Saúde.
Onde conseguir o seu CDAM?
Você conseguirá o documento no Departamento Nacional de Auditoria do SUS, do Ministério da Saúde.
Veja o locais de solicitação neste link.
Após ter o certificado liberado, é possível emiti-lo pela internet neste link.
Vale lembrar que o CDAM não substitui o Seguro Saúde no território “Schengen”!
9. Tenha sempre em mãos
Leve o certificado e o telefone da central de atendimento do serviço contratado e o mantenha com você durante toda a viagem, de preferência junto ao seu passaporte.
O que fazer em caso de problema com a seguradora?
Em caso de dúvida ou problema com o seguro, entre em contato com a ouvidoria da seguradora. Se a situação não a situação não for resolvida, fale com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no telefone 0800 021 8484.
A Susep é o órgão do Governo Federal responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros. A autarquia é vinculada ao Ministério da Fazenda.
Quais são as principais empresas na área?
Pronto! Agora você já sabe que o precisa para se organizar antes da viagem para ter certeza que estará protegido.