A cerca de 3 horas do Rio, Paraty é uma cidade que resiste ao tempo. Para todos os cantos que se olhe é possível encontrar casarios do século passado com portas e janelas coloridas, ruas de paralelepípedo e cenários coloniais preservados. Suas belíssimas praias e cachoeiras somam encantos a essa cidade que guarda tantas riquezas naturais e históricas.
Paraty foi fundada por colonizadores portugueses em 1667 e se destacou economicamente por seus engenhos de cana-de-açúcar e pelo Ciclo do Ouro. Era por lá que se escoavam as pedras preciosas de Minas Gerais para Portugal. Com a construção de um novo caminho da Estrada Real, Paraty sofreu grande decadência e ficou abandonada por cerca de um século, sua população se reduziu a menos de 1.000 habitantes. Apenas na década de 1970, com a construção da BR-101, a cidade viu a sua boa fase voltar e se transformou em um dos maiores pólos turísticos do Brasil.
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Levantar cedo em Paraty é garantia de assistir a um espetacular nascer do sol, com a cidade completamente vazia. As primeiras horas do dia, quando os turistas estão visitando as praias e cachoeiras, são as melhores para conhecer a cidade e admirar cada detalhe do Centro Histórico, tombado como Patrimônio Histórico Nacional e considerado pela UNESCO como “o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso”.
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Uma vez ao mês, em época de lua cheia, a maré sobe e é possível ver o espelho d’água refletir todo o charme de Paraty. Para atravessar as ruas alagadas, moradores e comerciantes construíram pequenas pontes. No início da tarde as águas começam a recuar e ficam apenas pequenas poças para ilustrar o cenário.
Suas construções de estilo português, com fachadas brancas e lindas portas e janelas coloridas, dão ainda mais alegria e charme à cidade. As ruas protegidas por correntes impedem a passagem dos carros e permitem um passeio muito agradável pelas ruas de pé de moleque, onde, por toda a parte, a arte e o artesanato estão presentes.
Artistas também animam o fim de tarde e as noites com muita música. A cidade respira arte! Não é a toa que durante todo o ano Paraty é recheada de eventos culturais importantes, como a Festa Literária Internacional (FLIP) e o Paraty em Foco (Festival Internacional de Fotografia).
Para quem gosta de comprar lembrancinhas e objetos decorativos, a cidade tem muitas opções, que vão desde pequenas lojinhas até antiquários com produtos mais sofisticados.
Cachaça aqui é um assunto levado a sério! Na época do Brasil Colônia, havia cerca de 100 alambiques na região. Hoje a cidade tem sete alambiques, mas ainda é possível encontrar muitas cachaças locais de ótima qualidade. Nos empórios, além das tradicionais cachaças de Paraty, há também deliciosas compotas de doces artesanais. As cachaças de melhor qualidade custam, em média, R$ 40.
Para adoçar o passeio, a boa é comprar algumas delícias no meio da rua e sair caminhando e saboreando doces típicos de Paraty.
Quem visita Paraty pode desfrutar de uma enorme diversidade de passeios e atrações culturais. Conhecer os cantinhos mais escondidos dessa deliciosa cidade é conhecer um pouco mais da história do Brasil.
QUANDO IR
Paraty é uma delícia em qualquer época do ano, mas é válido observar o calendário de eventos, caso queira aproveitar a cidade com mais tranquilidade.
No verão, principalmente no Réveillon e no Carnaval, a cidade fica muito cheia, e durante a Flip a cidade lota, elevando-se os preços. Se pretende visitar a cidade nessa época é imprescindivel reservar o hotel ou pousada com bastante antecedência.
Em abril e maio, a chuva dá um pouco de trégua e é possível encontrar tarifas mais baixas.
Se for em baixa temporada, recomendo não reservar com antecedência para tentar negociar o preço no balcão da pousada ou hotel. Muitas vezes é possível conseguir um desconto.
ONDE FICAR
O melhor lugar para se hospedar é o Centro Histórico e seus arredores, onde está a maior parte das atrações turísticas e ficam concentrados bares e restaurantes.
Já nos hospedamos na Casa Colonial 12 e na Pousada Corsário. Amamos as duas e indicamos muito!
COMO CHEGAR
Saindo do Rio, o acesso se dá pela Rio-Santos. Apesar de não oferecer pista dupla, a estrada tem uma vista bastante agradável.
Saindo de São Paulo, pegue a Via Dutra até Guaratinguetá e de lá pegue a estrada até Cunha. Depois siga pela estrada Cunha-Paraty.
De ônibus: há linhas regulares saindo de São Paulo, Ubatuba, São José dos Campos, Angra dos Reis e Rio de Janeiro.
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