Se você quiser se programar para conhecer os templos mais famosos de Bagan e fazer um roteiro fixo e detalhado, beleza, mas não deixe de reservar um tempo para andar sem rumo, entrando pelas trilhas que revelam os mais belos templos de Myanmar.
Para isso, alugar uma bicicleta elétrica é a melhor opção. Custa entre 5 e 8 dólares o dia e é possível encontrá-las em qualquer lugar, inclusive nos próprios hotéis e pousadas. Bagan é bastante plana e fácil de se andar. O único problema é que apenas as avenidas principais são asfaltadas, então algumas vezes é possível dar umas atoladas e derrapadas na areia, mas nada grave.
O bom de andar sem destino é ser surpreendido com cenas tipicamente locais e muitas vezes se encontrar em um lindo templo com arredores absolutamente vazios.
Presenciamos trabalhadores em cenas tipicamente locais e comuns do dia a dia em Bagan.
Os olhares curiosos e os sorrisos das crianças que encontrávamos pelo caminho foi o que mais nos encantou. Todos são muito simpáticos e receptivos em Myanmar, mas os pequenos têm uma doçura inexplicável.
Eles adoravam ser fotografados e ficavam encantados quando viam as fotos do Fabiano.
Em uma das pagodas que encontramos, conhecemos um senhor que morava com sua família em uma casinha improvisada ao lado do templo. Ali ficavam o seu cavalinho e a sua criação de galinhas. Ao nos ver chegar, ele fez questão de apresentar cada ponto da pagoda, como quem orgulhoso mostra os cômodos de seu apartamento novo. Depois, todo animado, ele abriu a janela da casa e nos mostrou uma TV. Era uma televisão antiga, daquelas de tubo, mas parecia ser uma novidade para ele.
Em um dos templos que visitamos, o That-byin-nyu, paramos para olhar pinturas feitas com areia e tecido e passamos alguns minutos conversando com o pintor, que falava um inglês bastante razoável. Este tipo de pintura está à venda em quase todos os templos de Bagan, mas a qualidade e preço variam bastante. Era tudo tão bonito e o rapaz era tão simpático que acabamos levando três telas, mesmo estando com o orçamento apertado. Acabamos ganhando um descontão de 15 dólares e pagamos 45 dólares no total. Super feliz, o pintor nos contou que aquela era a venda da sorte dele, porque havia duas semanas que não vendia nada.
Como não poderia faltar, aí vão algumas fotos das paisagens que encontramos no caminho. De tirar o fôlego!
Um dos locais que nos recomendaram visitar foi a Torre Mirador, onde fica o restaurante do hotel Aureum Palace. Da torre se tem uma vista panorâmica do sítio arqueológico de Bagan. Fomos até lá, mas achamos o lugar de gosto duvidoso e, como tinha que pagar para entrar ou consumir algo no restaurante, que não deve ser barato, acabamos desistindo.
De tanto rodarmos acabamos sem bateria na bicicleta e precisamos deixá-la na área externa de um hotel no caminho. Os funcionários nos ajudaram, entraram em contato com o local onde alugamos a bike e eu segui na garupa do Fabiano, que não era muito confortável, mas era o que tinha.
Perder-se de bike por Bagan é, sem dúvida, uma das coisas mais legais a se fazer na cidade. Eu me senti vivendo verdadeiramente o lugar. Recomendo mil vezes!
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