Todo nascer ou pôr do sol é um espetáculo, mas em Bagan – Myanmar eles têm um gostinho especial. Ver o astro-rei chegando ou se despedindo de mais um dia, em meio aos milhares de templos budistas espalhados pelo lugar, é uma emoção indescritível! Nesses horários a cidade consegue ficar ainda mais linda, com os balões sobrevoando a paisagem repleta de pagodas.
Como nós chegamos a Bagan meio que virados, às 5h da manhã, depois de 9 horas de viagem de ônibus, decidimos descansar e deixar para assistir ao nascer do sol no dia seguinte, saindo mais cedo. Como passaríamos 3 dias na cidade, tínhamos tempo para fazer as coisas com um pouco mais de calma.
Ao acordarmos, saímos para almoçar, alugamos uma bicicleta elétrica (veja aqui como se locomover em Bagan) e fomos desbravar a cidade. Foi a magrela que nos levou até a Shwesandaw, pagoda construída em 1057, também conhecida como Sunset Temple. Esse é o ponto mais disputado de Bagan para assistir ao pôr do sol. Para subir os estreitos e íngremes degraus tem que ter um pouco de disposição, mas deixo as fotos falarem por mim e dizerem se esse pequeno sacrifício vale ou não a pena.
Tendo presenciado um dos maiores espetáculos da minha vida, não esperava me surpreender ainda mais no dia seguinte, ao assistir ao nascer do sol em Bagan. Como não sabíamos chegar ao lugar, pagamos 10 dólares por um táxi local nos levar até lá. O próprio taxista indicou o lugar: um grupo de pequenas pagodas à esquerda da Anawratha Road (no sentido Nyaung U – Old Bagan), próximo ao Alo-pyi Group. No mapa abaixo, marcamos o local com um retângulo vermelho. Em verde, está a Swesandaw, onde vimos o pôr do sol do dia anterior e o nascer do sol do dia seguinte.
A vista era linda e, como chegamos quando ainda estava escuro, pudemos ver, mesmo que de longe, o Ananda Temple todo iluminado. Logo que o dia começou a clarear, foi possível ouvir as canções locais ecoando, enquanto a cidade se revelava. Algo realmente mágico!
O espetáculo do nascer do sol foi tão encantador que decidimos acordar novamente às 4h da manhã do terceiro dia para assistir ao espetáculo de outro ponto. Dessa vez, a pagoda escolhida foi a mesma que assistimos ao pôr do sol no primeiro dia, a Shwesandaw. Quem nos levou até lá foi, novamente, a bike elétrica que alugamos num ponto em frente ao nosso hotel. Encaramos o vento gelado na cara e seguimos pelas ruas escuras de Bagan, tentando não nos perder. Só erramos a primeira entrada, mas logo vimos um movimento de vendedores, que todas as madrugadas se dirigem para as pagodas em busca de seu ganha-pão, e seguimos o fluxo. Depois foi só escolher o lugar e esperar o dia nascer feliz.
Em alguns momentos chegamos a duvidar que o tão esperado astro apareceria, mas aos poucos começa a surgir uma linha laranja no horizonte e em questão de minutos lá está ele, como uma bola de fogo, deixando a plateia imóvel, hipnotizada.
Por volta das 6h da manhã, dezenas de balões iniciam suas subidas e aos poucos colorem o céu de Bagan, completando o cenário de magia. Chega a ser inacreditável, mesmo estando diante de seus próprios olhos.
Valeu cada hora dentro do avião, cada minuto na estrada, cada segundo a menos de sono! É impossível não se encantar e não se apaixonar por Bagan!
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