O Taj Mahal é considerado a maior prova de amor do mundo! O mausoléu, todo construído em mármore branco e trabalhado com jóias e pedras semi-preciosas, é a preciosidade da arte na Índia e uma das obras-primas mais admiradas do mundo. O monumento, construído em Agra entre 1631 e 1648, é um símbolo do amor do imperador mulçumano Mughal Shah Jahan por Muntaz Mahal, sua esposa preferida, que morreu ao dar à luz seu 14° filho.
Logo ao chegar é fácil entender por que o Taj Mahal foi reconhecido pela UNESCO como patrimônio da humanidade e nomeado em 2007 como uma das novas sete maravilhas do mundo. Na entrada já é possível ver o monumento branco como leite, perfeitamente enquadrado e emoldurado pelo arco do mausoléu por onde se inicia o tour.
A simetria do Taj Mahal é algo realmente magnifíco! Todas as áreas são diferenciadas por vários padrões geométricos, mas todos “casam” com perfeição! Não esqueça de levar a câmera, porque esse é o lugar ideal para ser fotografado. Só deixe o pau de selfie em casa. Na entrada é feita uma minuciosa revista e o bastão extensor é proibido, apesar de isso não estar na lista de proibições exposta na bilheteria. Selfie, só sem pau de selfie!
A primeira parada obrigatória para fotos é o início das piscinas do jardim, que refletem a imagem das construções do complexo no espelho d’água. O Taj Mahal é cercado por três mausoléus em pedra vermelha, que abrigam o corpo de outras viúvas do rei e do servente favorito de Muntaz. Será que rolava um relacionamento aberto?
Por mais que as fotos saiam lindíssimas, nenhuma imagem do Taj Mahal pode fazer jus à beleza e à simetria do espetáculo em mármore branco, perfeito em suas proporções e embelezado por um lindíssimo jardim com pequenas avenidas cercadas por árvores ciprestes e canteiros de flores. Para os islâmicos, o jardim simboliza o paraíso e o tipo de árvore representa a morte.
Os quatro lados do mausoléu são idênticos! O único objeto assimétrico do Taj Mahal é o caixão do imperador, que não foi planejado para estar ao lado da rainha, mas foi colocado lá depois de sua morte. Dentro do mausoléu não é permitido fazer foto e um guarda, apitando insistentemente, apressa a multidão de visitantes curiosos. Confesso que isso me deixou bastante irritada! É impossível e quase insuportável permanecer por muito tempo observando o interior do túmulo.
Rodeando o mausoléu principal é possível fazer um pit-stop para descansar, sentando em uma das enormes áreas feitas de mármore branco. É impressionante como ficamos pequenos diante de uma simples porta dessa obra prima.
Na parte de trás do Taj Mahal corre o rio Yamuna. A lenda diz que o rei tinha planos de construir outro mausoléu em mármore preto, exatamente igual, do outro lado do rio para funcionar como espelho do Taj Mahal. Seu filho Shal Jahal não gostou nada da ideia e o aprisionou no Agra Fort. E lá o rei teria ficado até os últimos dias da sua vida, contemplando o Taj Mahal apenas da janela de sua cela. Outra lenda é que quando a obra ficou pronta, depois de mais de 20 anos de seu início, o imperador mandou cortar as mãos dos arquitetos e decoradores responsáveis pela construção para que eles não voltassem a erguer um monumento que se igualasse à perfeição do Taj Mahal.
Contos, histórias e ostentações à parte, a verdade é que o Taj Mahal tem vida própria e consegue ser, ao mesmo tempo, imponente e sutil. O grandioso e luxuoso símbolo do amor eterno de um homem por sua mulher representa também um imenso contraste com a pobreza vivida pela maioria dos indianos diariamente. Muitas vezes eu fiquei imaginando que Agra poderia ser um lugar com menos miséria se toda aquele esforço e dinheiro tivessem sido empregados em prol da população local.
Quanto Custa | O valor cobrado a turistas é de 750 rupias, cerca de 40 reais. Em todos os pontos turísticos da Índia, moradores do país pagam um valor muito menor. No Taj Mahal não é diferente. Indianos pagam apenas 20 rupias, o equivalente a 1 real! Podia ser assim no Brasil, né?
Quando ir | Recomendo a visita nos meses mais “frios”, que vão de dezembro a fevereiro, e evitar a época de monções, entre os meses de junho e setembro. Vale lembrar que às sextas-feiras o complexo só permite a entrada de fiéis mulçumanos, que vão à mesquita do local para fazer suas orações.
Como chegar | Na década de 90 foi realizada uma pesquisa que identificou que a poluição estava derretendo o mármore do Taj Mahal. Desde então, veículos motorizados foram proibidos de circular a menos de 500 metros do mausoléu. A partir dessa distância é necessário seguir a pé. Também é possível pegar um carrinho elétrico, incluso no valor do ingresso, no mesmo local onde o ingresso é comprado.
Onde ficar | Ficamos hospedados no Hotel Taj Resorts, a 10 minutos de caminhada do portão leste do Taj Mahal e a 3 minutos da bilheteria. Não era o mais barato de Agra, mas não era dos mais caros, o que compensava sua ótima localização e estrutura. O quarto de casal custou cerca de R$ 130 a diária, um ótimo custo-benefício para quem só tinha dois dias na cidade.
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