O país foi o primeiro do mundo a ter uma chefe de governo declaradamente homossexual, a primeira-ministra Jóhanna Siguroardóttir. Reikjavik é a capital mais setentrional – ou seja, mais ao Norte – do mundo. Em 2010, a erupção do Eyjafjallajökull expeliu tanta fumaça que fechou boa parte do espaço aéreo europeu. Conheça outras curiosidades sobre a Islândia!
*Por Yuki Yokoi
O islandês se desenvolveu a partir do nórdico antigo e foi levado para a ilha pelos colonizadores vikings vindos da Noruega. Para nós, o idioma é impronunciável. Duas palavras, no entanto, desembarcaram por aqui. Saga vem do islandês segja e significa recontar. Sinal de que vale conhecer algumas das fantásticas sagas nórdicas. A palavra tipo exportação mais famosa é gêiser. As fontes que de tempos em tempos esguicham água quente do solo ganharam essa denominação por causa do Geysir, na região do Círculo Dourado. Atualmente está inativo (há apenas uma placa), mas ao seu lado fica o Strokkur, com um jato de cerca de 20 metros.
Carne de baleia fermentada é um dos pratos típicos da Islândia, mas onde tem fila para comer é no Bæjarins Beztu Pylsur, no centro de Reykjavik. A origem do título é desconhecida, mas as visitas ilustres e o marketing ajudam a mantê-lo. O então presidente dos EUA Bill Clinton foi um dos que passou por lá e ajudou a manter a fama do trailer. O segredo, dizem, é a salsicha de cordeiro (comum por lá), mas a mistura de cebola crua e cebola frita também dá um toque especial. Vale a pena conferir.
A Islândia é para quem gosta de natureza. E quando a gente pensa em natureza, imagina mar, rios, montanhas e… árvores, certo? Não se decepcione, mas esse último item o país ficará te devendo. Elas são poucas e nunca formam uma floresta. A madeira foi o recurso natural que mais rapidamente se esgotou não apenas para aplacar o frio, mas porque o território, quase todo formado por erupções vulcânicas recentes, também não ajudou a mantê-las. O país, no entanto, tem um serviço florestal que trabalha para a recuperação das áreas verdes e a Iceland Forestry Association elege, há mais de 20 anos, a Árvore do Ano.
Reykjavik oferece uma variada gama de museus. O mais curioso deles é o Plallological Museum, inteirinho dedicado ao pênis. O maior exemplar, de 1,70m, é de uma baleia. Exemplares humanos também estão em exposição. Há réplicas dos bilaus dos jogadores da seleção de handebol — e que fazem com que você gaste, inutilmente, alguns minutos tentando descobrir quem é de quem.
Não sei afirmar se os islandeses realmente acreditam nos povos escondidos ou se simplesmente respeitam sua existência cultural. O fato é que: ao se deparar com uma pedra solitária ocupando um valioso terreno no centro de Reykjavik ou que repentinamente divide uma rua em duas, é provável que você esteja diante da casa de um elfo. Apesar de bem-intencionados, invadir a residência de um desses pequenos seres pode ser passagem sem volta para esse mundo oculto. Há também os trolls, seres que chegaram à Islândia como clandestinos nos navios vikings, são feios e vivem escondidos nos penhascos.
A Islândia quebrou assim que a crise financeira de 2008 eclodiu. O problema, no entanto, começou na década de 1970, quando o sistema de pesca, principal atividade econômica do país, foi privatizado através de um sistema de quotas. O título, perpétuo, determinava quanto cada beneficiário poderia pescar por ano. Se não quisesse trabalhar, poderia vender, alugar e até mesmo usar o direito como garantia em empréstimos bancários.
A dinâmica aqueceu a economia e produziu uma geração de islandeses endinheirados, formados no exterior e que passaram a se dedicar a investimentos especulativos no mercado financeiro — já que a atividade produtiva da ilha é restrita. O mercado financeiro cresceu tanto que chegou a somar mais de 10 vezes o PIB islandês. O tombo também foi proporcional.
Em 2008, mal a crise financeira eclodiu em Wall Street, o sistema bancário da Islândia desmoronou e levou o país à falência. Apesar do trauma recente, a Islândia se recupera e começa a encontrar novos nichos econômicos. Um deles é o de criptomoedas, como o Bitcoin. A maior mineradora mundial desses ativos fica na ilha.
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