Nas pesquisas feitas antes de ir para a Islândia, uma foto insistia em aparecer: um quarto dentro de uma bolha transparente, no meio de uma floresta de pinheiros. Era o Buubble, o hotel bolha de 5 milhões de estrelas, como diz o slogan. Era o algoritmo do Google mostrando que meu novo sonho custava US$ 280 a diária para casal — em média, gastei US$ 100 por noite em quarto privados em hostel ou guest house.
*Por Yuki Yokoi
Por que não?! E se essa for a minha única ida à Islândia?! Não se economiza em experiências! É o preço de correr o risco de dormir vendo uma aurora boreal!!
O site só aceitava reservas para 2018, mas foi só mandar uma mensagem marota para conseguir uma vaga (e com apenas 30 dias de antecedência). A “sorte” nos seduziu, assim como tudo que gira em torno da bolha. Exclusividade? Sim, são apenas seis bolhas, que comportam duas pessoas cada. Mistério? Tem também. Você só recebe a localização exata das bolhas após pagar – uma medida que garante a privacidade dos hóspedes, explicaram.
Valeu cada centavo. Valeu porque vimos a aurora boreal mais linda da viagem. Caramba, quero dormir e ela não para de dançar! (exclamação de dar inveja, reconheço)
E se Dona Aurora não estivesse lá? Aqui é preciso ser realista: teria achado chato e ficaria com a sensação de ter desperdiçado tempo de viagem. Com exceção da Secret Lagoon (uma piscina de água termal que fica a 20 minutos de distância), não há o que fazer nas redondezas.
Além disso, a estrutura da bolha é limitada. É possível ficar super à vontade no seu quarto (apesar dele ser 100% transparente ninguém fica passando na frente da bolha alheia), mas é preciso sair no frio para ir até a casa de apoio a cada xixi ou xícara de chá. Os hóspedes de todas as bolhas compartilham esse espaço que, na minha avaliação, não comporta todo mundo. São dois banheiros e uma copa/cozinha. Resumindo: sem aurora, o hotel bolha teria sido um camping (de luxo) sem sua animação costumeira.
Para aproveitar o hotel bolha é preciso fazer adaptações no roteiro de viagem. Clica aqui para ver como foram meus 10 dias dando a volta de carro pela Islândia.
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