Passagens compradas, vagas reservadas naquele hotelzinho incrível e o frio na barriga de quem vai encarar a primeira viagem para fora do Brasil. Além da ansiedade, o viajante sem carimbos no passaporte se vê repleto de dúvidas às vésperas de embarcar. Se você está prestes a atravessar fronteiras pela primeira vez, fique atento às dicas a seguir. Elas certamente não estarão nos sites de companhias áreas. E vão te livrar de grandes ciladas!
*por Thatiana Diniz
A essa altura você já deve saber que vai precisar preencher uma ficha na imigração quando desembarcar no aeroporto da cidade de destino. O que você não deve saber é que eles oferecem algumas canetas, daquelas que ficam amarradas em barbantes em balcõezinhos, tipo os de casas lotéricas.
Acontece que os agentes de imigração, além de pouco sorridentes, não são muito generosos na distribuição das canetas: a média é de umas 10 unidades para uma fila de mais de 100 cabeças (não incluí nesta conta as canetas sem tinta). Se você não é de humanas, já deve ter calculado o tempo que vai passar na fila – com a fichinha em branco na mão, cansado e provavelmente com fome – até conseguir uma bendita caneta. Portanto, leve uma Bic.
Além da ficha (que você preencheu rapidinho com a sua própria caneta, já que seguiu nossa primeira dica), a Imigração vai te pedir o passaporte e alguns comprovantes de hospedagem e da passagem de volta, para terem certeza de que você é mesmo turista.
É muito prático, ecológico e moderno ter tudo nos aplicativos de celular, mas não se esqueça de que celulares podem ficar sem bateria, travar, serem roubados ou derrubados acidentalmente na privada (sim, já aconteceu comigo). Sendo assim, seja analógico e imprima todas as suas reservas. Vai ser útil para a liberação na imigração, já que os agentes pedem para ver as suas reservas de hospedagem, e em outros momentos da viagem. Vá por mim!
Depois de um voo longo, da fila da imigração e de perder mais alguns minutos esperando a bagagem você finalmente chega ao hotel (e ao abençoado Wi-Fi). Vai carregar o celular e… ops! A tomada é diferentona e incompatível com o seu carregador. Passei por isso na Cidade do México e fiquei sem bateria até achar um carregador novo, o que demorou 1 dia inteiro.
Se na Cidade do México, um mega centro urbano, foi difícil, imagina numa prainha isolada no meio do Pacífico? Portanto, vá por mim: se o objetivo da sua viagem não for um isolamento virtual, compre um carregador universal!
Imagine passar mal no meio da viagem dos sonhos? Agora imagine entrar em uma farmácia para pedir um remédio em um idioma que você não domina? Situação aterrorizante, mas que pode acontecer, sim. Este blog não estimula a automedicação, mas um analgésico, um band-aid e um floratil (aquele do piriri) não fazem mal a ninguém. E podem te salvar de uns bons perrengues.
A meta é aquele voo lindo, com uma ou nenhuma parada. Só que a gente quer é viajar e às vezes a passagem que cabe no bolso é aquela do voo cilada, cheio de conexões. Se é o seu caso, fique atento aos seguintes detalhes para não tornar a cilada maior ainda: habilite seu cartão para uso nos países nos quais vai parar (ou leve dólar) e pesquise as exigências para entrada de imigrantes nesses lugares.
Esta segunda dica foi inspirada no meu próprio fracasso. Fiz uma conexão em El Salvador de seis horas de espera. Pesquisei tudo sobre a cidade com o objetivo de dar um rolé, menos o essencial: o que o governo salvadorenho exigia para a entrada de imigrantes no país. Resultado: fiquei presa no aeroporto porque não tinha cartão de vacinação comprovando que tomei vacina contra febre amarela. Selo do viajante loser pra mim!
Sobre os dinheiros: é normal comprar moeda do país de destino ou habilitar seu cartão para ser usado lá, mas nem sempre a gente lembra da conexão. E dependendo do tempo de espera, o pobre viajante pode passar fome se não tiver um troquinho pra comprar um sanduíche. Na dúvida, leve dólar. A minha dica é: carregue um daqueles cartões pré-pagos feitos especialmente para uso no exterior. Você encontra em qualquer casa de câmbio! A vantagem é que você carrega em dólar e saca o valor na moeda local de qualquer país.
Além de imprimir tudo (dica valiosa que já demos), baixe um aplicativo de dicas e mapas que você possa acessar offline. O meu favorito é o Google Trips, porque ele agrupa as suas reservas de voo, de hospedagem, dá dicas e salva lugares que você marcou para visitar. Mas tem vários, só pesquisar. Antes da viagem, claro. Porque como já sabemos, internet é luxo em viagens!
A ideia é sair bem cedo para desbravar a cidade! Em alguns lugares, faz um calor do cão durante o dia e um frio polar à noite. Na dúvida, melhor levar um casaco. Aí você passa por aquele mercado incrível, não resiste e comprar uma dezena de bugigangas. Quando se dá conta está carregando um monte de tralhas. Por isso, vai na minha: leve uma mochila e fique leve e com os braços livres para tirar aquele monte de selfies que a gente adora!
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Gordinho convicto, não resisto a uma iguaria. Principalmente se for típica (não. não vou comer gafanhoto na china!). Lá vai eu pela viação São Geraldo saindo da cidade da Bahia pra Natal – RN. Na última parada eis que o motorista anuncia a ‘melhor carne de sol com macaxeira do nordeste”. Ou a comissão do cara é boa ou o rango é prá lá de bom. Pedi! Caaaaaaaaro! Vieram dois pedaços de carne de sol e tres pedaços de um negócio amarelo que era conhecido por mim como aimpim e por outros como mandioca. Comi e fiquei esperando a tal da macaxeira… depois de um tempo chamei o gaarçon e ainda “briguei” com ele por nao ter me servido! Ô vergonha! vcs já imaginam né!? macaxeira = aimpim = mandioca. Como se diz “se a cabeça nao pensa, o bolso padece!”
Nós MORREMOS de rir com o seu comentário, Ektor! Sensacional! hahahahaha… Esses dias fomos a Minas e pedimos um torresmo, esperando aquela gordurinha crocante, mas lá o negócio é tipo um bacon. Bom de qualquer jeito. Ficamos felizes! =D