Há muito o que fazer em Marrakech, a queridinha dos turistas de todo o mundo que visitam o Marrocos. Fundada no século XI, a milenar cidade vermelha encanta por sua bem conservada medina, com arquitetura tradicional marroquina expressa em mesquitas, madraças, cafés e riads que se espalham pelas ruelas que dividimos com jegues, bicicletas e motocas. Sem contar os característicos comerciantes que povoam os souks da região central e convidam os turistas a regatear preços por toda sorte de bugigangas que você puder imaginar.
É óbvio que o Marrocos tem inúmeras atrações em seus quase 500 mil km2 que fazem valer a pena a mais longa estadia possível, mas para ter um ótimo gostinho do país não é nem preciso ir muito pra lá de Marrakech! Passamos alguns dias fazendo um tour pelo país até o Deserto do Saara e reunimos neste post dicas do que fazer em Marrakech. Para quem tem pouco tempo e alguma disposição, dá para conhecer muita coisa em um dia. Vamos ao que interessa?
Ficamos hospedados no Riad Dar El Masa, super confortável, bem decorado e localizado no centro da Medina de Marrakech, o que facilitou bastante a nossa locomoção. Ops, pausa para a tradução. RIAD: hospedagem tradicional marroquina, usualmente com pátio interno e terraço; MEDINA: a parte antiga e central das cidades, do lado de dentro das muralhas, geralmente com ruas super estreitas e construções milenares. Visitamos todos os pontos a seguir a pé. A medina de Marrakech é relativamente pequena e é muito bacana fazer tudo andando e observando a vida local. Não se esqueça, porém, da garrafa d’água, do filtro solar e, se possível, do chapéu. O calor é forte e o ar é MUITO seco!
O primeiro contato com as ruelas da medina é sempre bem impactante. Há uma sensação mista de encantamento pelo cenário que vemos em filmes e insegurança pela quantidade de becos estreitos e vazios. A insegurança, coisa de brasileiro sempre preocupado com a violência, logo passa ao percebermos que ali praticamente não há roubos. Armas, então, nem pensar! A boa é relaxar e curtir, sem nunca esquecer de deixar seus pertences em lugares seguros, pois o famoso pickpocket com turistas acontece mesmo nos países mais pacíficos do mundo.
Pelo caminho começamos a avistar algumas mulheres com o corpo todo coberto, mas sem a rigidez de uma Arábia Saudita, por exemplo. O Marrocos é um país muçulmano que dá uma boa dose de liberdades individuais a seus habitantes. Há, por exemplo, mulheres que escolhem não cobrir a cabeça e isso é respeitado.
Após poucos minutos de caminhada, chegamos ao nosso primeiro destino, um dos nossos favoritos na cidade: o Palácio da Bahia. Listamos abaixo os pontos que visitamos, em ordem cronológica. Para saber mais sobre cada lugar, acesse os posts completos!
O Palácio da Bahia é um conjunto de prédios recheados de pátios e jardins construído no século XIX a mando do grão-vizir Si Moussa. O objetivo era reunir ali exemplos da arquitetura islâmica e marroquina, além de servir como residência para sua família. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Bem perto do Palácio da Bahia está o Palácio El Badi. Diferente do primeiro, bem conservado, o Badi está em ruínas. Construído por um sultão saadiano no século XVI, menos de 100 anos depois houve a queda dessa dinastia e o palácio entrou rapidamente em decadência, sendo demolido e tendo boa parte de seus objetos e até paredes levados para Méknes, uma cidade mais ao norte onde foi construído um novo palácio. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Partiu cemitério? Pois é, a próxima parada é o local onde estão enterradas dezenas de pessoas da dinastia saadiana. Além das tumbas propriamente ditas, os jardins são um atrativo à parte. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Em Marrakech, é proibido aos não-muçulmanos entrar nas mesquitas. Apenas os praticantes da religião islâmica podem acessar a parte interna dos templos, para as orações. De qualquer forma, é impossível não notar o grande minarete de 69 metros de altura que se avista de praticamente todos os pontos da cidade. O que se pode fazer é uma visitinha aos arredores da Mesquita Koutobia, que fica bem em frente à praça principal de Marrakech. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Pensamos que, por já termos passado por países como Turquia e Índia, tiraríamos de letra as abordagens dos comerciantes nos Souks, tradicionais mercados de rua do Marrocos. Na medina, são quilômetros de lojas uma ao lado da outra, tendas, barracas, e até mesmo lonas estendidas no chão com artigos à venda. Em cada uma delas, um ou mais vendedores ávidos por turistas que compram souvenirs pelo primeiro preço oferecido. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
A madraça (você pode encontrar também as formas: madrassa, medersa, medrasa) Ben Youssef é uma antiga escola de leitura (e memorização!) do alcorão construída no século XIV. Anexa a uma mesquita de mesmo nome, é um dos lugares onde sentimos a melhor energia em Marrakech. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Apesar do que o nome leva a crer, não é um museu municipal de propriedade do governo. O local pertence a uma fundação privada, de um empresário local amante das artes, que reformou o prédio do século XIX e o transformou em museu, em 1997. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
A principal praça de Marrakech é, sem dúvida, a parte mais caótica – e, por isso, tão interessante – da cidade. Mais do que uma simples praça, é um ponto de encontro, amplo comércio, apresentações artísticas, com opções de comida e diversão. Clique aqui para ler o post completo e ver todas as fotos.
Como sempre dizemos, não importa onde estejamos, o mais divertido é caminhar pela cidade e sentir seus cheiros, sua atmosfera, observar seus habitantes, seus hábitos. Por ser uma realidade bem diferente da nossa, Marrakech é perfeita para isso. Portanto, por mais que você não tenha dinheiro, tempo ou disposição para entrar em alguns dos lugares que mencionamos, não deixe de andar por lá, mesmo que sem rumo, e ver o que a medina tem a oferecer. É uma experiência sensacional!
E o melhor: dá pra fazer tudo isso a pé, em um dia! Abaixo fizemos um mapinha com o roteiro que percorremos, em ordem cronológica, para te ajudar na localização pelas confusas ruas da medina!
Marrakech não é só a parte antiga. A parte nova da cidade, mais moderna, concentra hotéis de maior porte, centros comerciais e ícones do mundo ocidental, como McDonald’s, Zara, entre outros.
Só passamos por ali de carro, a caminho do Aeroporto de Casablanca, mas deu para sentir que o ambiente é bem diferente da Medina. As ruas são mais largas, asfaltadas, e a arquitetura é bem diferente.
Infelizmente não conseguimos visitar tudo que queríamos, sendo o principal o Jardin Majorelle, que fica fora medina. É um exótico jardim botânico fundado pelo pintor francês Jaques Majorelle, que depois foi residência de Yves Saint-Laurent e Pierre Bergé. Ficamos sentidos de não conseguir visitá-lo, mas não conseguimos devido ao horário diferenciado de funcionamento de vários pontos da cidade durante o Ramadã. A maioria dos palácios, por exemplo, fecha às 15h. Olhando pelo lado bom, temos uma desculpa para voltar a Marrakech!
Portanto, fique atento: se você visitar o Marrocos durante o Ramadã, verifique se os horários de funcionamento permanecem os mesmos! E, na volta, conte pra nós como foi a sua viagem! 🙂
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