Nossa passagem por Milão foi bastante rápida, durando apenas um dia. Mas foi tempo suficiente pra ver tudo que nos interessava.
Saímos de Barcelona com destino ao aeroporto de Bergamo, que é um pouco afastado da cidade de Milão. De lá, compramos uma passagem de ônibus (cerca de 6 euros) até a Estação Central de Milão. Em uma hora chegamos à estação e tivemos de pegar um trem, rumo a Rho, onde ficaríamos hospedados. Se você optar por chegar pelo aeroporto de Linarte, levará menos da metade do tempo para chegar à Estação Central, mas os vôos para lá costumam ser mais caros.
Em Rho, o nosso querido amigo italiano, Roberto, nos buscou e, para não atrapalharmos a visita da namorada dele que vinha de longe, apenas deixamos as malas e fomos ver de perto o que é que Milão tem.
Nosso primeiro destino foi a praça onde fica o cartão-postal mais famoso da cidade, o Duomo di Milano. A Catedral, que demorou 430 anos para ser construída, é imensa e muito linda! Cheia de detalhes e torres, a catedral impressiona qualquer um com a sua imponência e alguns minutos na frente dela podem render boas fotos. Difícil é achar um ângulo que tenha pouca gente. Para entrar não é preciso pagar, mas para visitar as outras partes da Catedral, sim. Além disso, aqueles que quiserem fotografar o seu interior precisarão pagar 2 euros a mais por uma pulseirinha vermelha que irá te credenciar para fazer os cliques. Para ir ao topo de elevador e visitar a ala “Treasure” e o “Baptistery of San Giovanni alle Fonti“ é preciso desembolsar 13 Euros. Se você é daqueles que tem disposição e quiser encarar a escadaria, economiza 3 euros.
Na mesma praça do duomo está a Galleria Vitorio Emanuele II. Construída entre 1865-1877, a galeria foi considerada o primeiro shopping do mundo! Fazendo jus à sua importância histórica e à fama de cidade refinada e de muito estilo, lá estão algumas das lojas e restaurantes mais requintados de Milão.
Para onde quer que olhe se pode notar o espetáculo da construção em forma de cruz. Complementando a beleza dos mosaicos do piso e do teto de vidro, o octógono formado no centro da galeria pelo cruzamento das vias torna o cenário ainda mais deslumbrante. Vale a pena conhecer!
Milão é considera a capital italiana da moda e do design, é a 2ª cidade mais populosa do país e também a mais cara. O Quadrilátero da Moda é certamente a região que melhor pode representar a segunda observação. O quadrado, que fica entre as praças Duomo, Cavour e San Babila, reúne lojas das grifes mais famosas do mundo, distribuídas entre as Via Montenapoleone, Via della Spiga, Via Sant’Andrea, Via Manzoni, Via Borgospesso e Via Santo Spirito.
Como estava um pouco difícil fazer compra$ por ali, optamos por fazer uma foto “fashion” numa escadaria que encontramos.
Na Idade Média, o Parque Sempione era o bosque particular da família Visconti, onde os duques levavam os hóspedes para caçar. Ele fica atrás do Castelo Sforzesco, reestruturado no século 19, época em que o parque foi reformado e se tornou público. É lá onde também fica o Arco della Pace, mandado construir por Napoleão para a entrada dele na cidade.
O parque é bastante democrático e reúne famílias, amigos e casais de namorados. O espaço abriga estádio onde se promovem shows e diversas barraquinhas que vendem sanduíches, doces e biscoitos.
Uma boa opção para passar uma tarde agradável, fazer piqueniques, namorar ou até tirar um cochilo, como nós fizemos!
Ao anoitecer, depois do cochilo no Parque Sempione, fomos encontrar o nosso amigo, que nos levou a um happy hour próximo ao Arco Della Pace. Em Milão, o famoso “aperitivo” é tradição!
Durante os dias da semana, das 18 às 21hs, vários milaneses e turistas lotam os bares de aperitivo. Nesses lugares, pelo preço de uma bebida, que custa entre 8 e 10 euros, você pode comer à vontade! Os buffets são bastante caprichados e a todo o tempo são repostos frios, mini-sanduíches, pizzas, massas, risotos… Bom pra quem come pouco, como eu! 😛
Entre uma ida ao buffet e outra, o clima é total de paquera e azaração. Portanto, solteiros, essa é um ótima opção para curtir um fim de tarde em Milão.
Milão possui uma boa rede de transporte público que, certamente, é a melhor maneira de circular pela cidade. O metrô é bastante eficiente, prático e leva a todos os lugares. É possível comprar um ticket de aproximadamente 4 euros que dá direito ao uso ilimitado do metrô durante o dia inteiro.
Os períodos da primavera (março, abril e maio) e do outono (setembro, outubro e novembro) são os mais agradáveis. O inverno (dezembro, janeiro e fevereiro) pode ser muito rigoroso e com neve, o que pode atrapalhar passeios pela cidade. O verão (agosto) é quando os italianos tiram férias e a cidade fica vazia, além de muitas lojas e restaurantes fecharem.
Na minha opinião, Milão não tem os mesmos charmes e atrativos de cidades como Roma, Veneza e Florença e, certamente, está longe de ser um dos destinos mais interessantes que visitei, mas é uma cidade bonita e um bom lugar para se fazer uma conexão indo de um lugar para outro. Se o seu roteiro for apertado, dois dias na cidade são suficientes.
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