O passeio para Atins / Canto do Atins é um dos mais legais para se fazer nos Lençóis Maranhenses. A nossa base para todos os passeios foi Barreirinhas e por lá existem algumas empresas que fazem esse tour e outros mas, depois de algumas pesquisas, optamos por fazer todos com a Vale dos Lençóis e valeu muito a pena!
Nós ficamos hospedados na Pousada Boa Vista e não temos do que reclamar. Ela fica mais afastada do Centro, mas o conforto, a tranquilidade e o atendimento de lá são incríveis! Organizamos em ordem as pousadas mais bem avaliadas do Booking na região. Para te facilitar, guarde esse link para quando for reservar!
A Vale dos Lençóis nos buscou em nossa pousada pontualmente no horário combinado, às 8h, e seguimos para pegar o restante dos passageiros. Vale lembrar que todos os carros têm isopor, só não é possível levar bebidas alcoólicas paras os Lençóis.
O carro saiu com cerca de 12 pessoas e atravessou o Rio Preguiças em uma balsa em 5 minutinhos. Os passageiros não podem entrar na balsa dentro do carro. É preciso descer e embarcar a pé. A entrada no carro só autorizada após o desembarque dele no outro lado do rio.
Em sequência, do outro lado do rio, a trilha continuou e passamos por muitos pontos alagados em que todos tinham a certeza de que aquilo não era uma trilha e, sim, um rio de verdade. A Toyota parecia um carro-anfíbio, com água quase entrando pelas portas da cabine, mas a 4×4 seguia firme e forte. Pura emoção!
O trajeto que o carro geralmente faz durante o passeio é por dentro de vilarejos, mas, como as trilhas estavam muito alagadas, precisamos passar pelas dunas, caminho normalmente proibido pelo ICMBio. Sem dúvida foi uma aventura à parte e um grande presente passar no meio daquelas montanhas infinitas de areia.
Obviamente, o caminho é sacolejante, mas os bancos dos carros são confortáveis, com cabines adaptadas para bancos, e eu não fiquei incomodada. Vale ressaltar que tenho alguns problemas de coluna e não sofri nenhum impacto que me causasse dor. E aqui vai uma dica: quanto mais pra frente, menos se sente o balanço. Então, de preferência, escolha a primeira fileira, que, além de tudo, vai oferecer uma vista bem mais legal.
A primeira parada, cerca de 1h30 depois, foi em uma lagoa sem nome, grande, com águas fresquinhas e esverdeadas. E – o melhor – estava completamente vazia, apenas com o nosso grupo. A temperatura da água costuma ser bem fresquinha, por causa dos ventos. Não existe água quente como nas praias do nordeste por lá. A parada foi de 20 minutos.
O delta do Rio Preguiças, no Canto do Atins, sinceramente, foi um dos pontos menos interessantes para mim. Paramos em frente a um local onde tinha um restaurante, a água escura não era muito convidativa para banho e a região não era tão bonita. De qualquer forma, valeu a pena porque, apesar do vento, conseguimos subir com o drone e fazer fotos legais, que mostram bem a divisão entre o rio e o mar.
Apesar de não termos passado por dentro dos vilarejos que fazem parte do caminho convencional do passeio para Atins, conhecemos uma parte da bucólica Vila de Atins e ficamos impressionados com tamanha tranquilidade. Curiosa, sempre olhava para dentro das casas, todas muito simples, mas arrumadinhas, cheias de capricho, onde, geralmente, camas e sofás davam lugar às redes.
Atins não tem tantas opções de hospedagem quanto Barreirinhas, mas organizei todas nesse link do Booking, ordenadas pelas melhores avaliações, para te facilitar na hora de fazer a sua busca. É só deixar favoritado!
Antes do almoço, conhecemos a Lagoa das Sete Mulheres. Sobre o nome, não se tem muita história para contar. Segundo o nosso guia, alguns nativos assim a nomearam ao ver sete mulheres se banhando nas águas.
O visual, não resta dúvida, é bem mais interessante do que a origem de seu nome. A lagoa tem a água bem clarinha e é rodeada por dunas de diferentes níveis de altura. Um visual espetacular. O guia nos deus 20 minutos por lá antes de seguirmos para o almoço.
Chegamos para almoçar no restaurante do Sr. Antônio por volta das 13h, mas antes de irmos para o Rio Preguiças já havíamos passado por lá para adiantar os nossos pedidos. Ao chegarmos, esperamos mais 30 minutos para que o nosso almoço chegasse.
Pedimos meia porção de peixe grelhado (R$ 35) e meia de camarão grelhado (R$ 45). Como acompanhamento vinha feijão, farofa e arroz. Com refrigerantes, gastamos R$ 90 para duas pessoas, no total, e gostamos de tudo.
O restaurante também tem um redário maravilhoso para dar aquela esticada depois do almoço. E é claro que fomos curtir uma preguicinha deitados na rede, sentindo a brisa bater.
Praia não é o forte do Maranhão, porque as areias são escuras e o mar também não é claro, mas é interessantíssimo ver a mistura de paisagens que tem nessa região. De um lado, praia. Do outro, dunas e lagoas. Quando a maré está alta, o mar fica bem próximo às dunas e lembra um pouco a duna do pôr do sol, em Jericoacoara.
Algo muito legal é que perto da praia com ondas se forma uma piscina natural onde é delicioso mergulhar. Paramos em um ponto em que não tinha ninguém além das pessoas do nosso grupo. Aquela imensidão era toda nossa!
A Lagoa da Capivara fechou com chave de ouro o passeio. Ela, na verdade, é um complexo de lagoas de águas bem clarinhas que se costuram entre um sobe-e-desce de dunas. Nos pontos mais altos a visão é espetacular, algo que não existe em nenhum lugar do mundo.
Na lagoa em que paramos para mergulhar tinha uma quantidade de peixes que eu nunca havia visto na minha vida! E os bichos eram famintos! Beliscavam a gente em todas as partes do corpo possíveis. Nos períodos em que as lagoas estão mais secas, os ovinhos desses peixes ficam enterrados por meses na areia molhada e quando volta a chover eles crescem e se reproduzem.
Com areia até na alma e sem um único fio de cabelo no lugar, voltamos felizes e agradecidos pela oportunidade conhecer um dos lugares mais incríveis que já vimos em nossas vidas!
E enquanto o sol baixava, no caminho de volta, ainda fomos presenteados com belas imagens, como a do sol dando lugar à noite e a de um ovo de passarinho em um ninho, onde em breve surgiria mais um ser que dá origem ao mágico ciclo da vida.
Valor: R$ 130
Duração: dia inteiro (8h às 16h)
A gente se hospedou na Pousada Boa Vista e amou cada detalhe! A pousada era muito confortável, aconchegante, novinha e com um atendimento excelente! Recomendamos demais! Aqui escrevemos um post completo sobre a nossa experiência por lá.
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2 comments. Leave new
Olá, posts lindos estou indo aos lençóis mês que vem gostaria de algumas dicas.
Refente ao que levar nos passeios (que tipo de bolsa e o que especificamente posso precisar).
Pelo período que eu vou ficar terei que escolhei entre o passeio até Caburé ou Atins ( no dia anterior farei um passeio apenas a tarde pela lagoa azul) depois seguiremos até Delta do Parnaíba, estou muito em dúvida se apenas um passeio pelos lençóis é suficiente, o pessoal da agência disse que não vale a pena cancelar caburé, poderia me dar uma opinião????
Obrigada
Graciele, se for pra escolher entre Caburé e Atins, eu fico com Atins com certeza. Achei o passeio lindo demais. Em um dia você também pode fazer Lagoa Azul e Lagoa Bonita. Aproveite!